Controle a Sua Língua

“Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!” (Tg 1.26).

Muitos têm aversão a religião, porém o problema não está nela em si mesma, mas na vida de quem a pratica. Tiago indica que há uma religião verdadeira sim, e encoraja seus leitores a fazerem um autoexame para se certificarem de que estão do lado certo. O tema que ele aborda mais uma vez é sobre a língua. O parâmetro, segundo o escritor bíblico, é este: se uma pessoa se diz cristã, mas não consegue controlar sua língua está enganando a si mesma e sua religião não tem valor algum. A história de Israel no livro de Êxodo e Números é marcada pelos pecados da murmuração. A Nação Israelita era tão abençoada por Deus, entretanto quando eram provados com alguma falta, exteriorizavam toda enfermidade do coração com suas reclamações. Moisés afirmou aos murmuradores que suas murmurações não eram contra ele como líder, mas contra o próprio Deus, cf Êx 16.8.

Você é do tipo que desanda a reclamar quando as coisas não saem como planejado? É fato que diante das inconstâncias da vida é muito fácil se deixar levar pela murmuração e uma língua peçonhenta é um grande mal para a vida da igreja. O salmista pediu ao SENHOR que “colocasse uma guarda à sua boca; vigiasse a porta de seus lábios. Não permitisse que o seu coração se voltasse para o mal, nem que ele se envolvesse em práticas perversas com os malfeitores” (Sl 141.3-4, NVI). Como precisamos ter a mesma atitude de Davi e pedir a Deus poder para controlar nossa língua! Alguém pode até se achar muito espiritual, mas se falhar em controlar sua língua falhará com sua religião. Todavia, como ensinou Tiago “se pudéssemos controlar a língua, seríamos perfeitos, capazes de nos controlar em todos os outros sentidos” (Tg 3.2, NVT).

A língua nada mais faz do que revelar os segredos do coração. Outro dia um homem entrou na minha sala, ele estava muito irado, então com palavras maldosas colocou para fora toda raiva do seu coração. Tiago está falando sobre algo muito sério, pois condenamos os atos errados das pessoas, mas não damos muita importância para as nossas palavras. Deste modo, devemos vigiar constantemente a nossa língua, atentar para o que falamos, com quem falamos, sobre quem falamos. Infelizmente, é possível observar que mesmo após o culto de adoração a Deus, nós vamos para um canto e falamos carregados de inveja, desamor, ira e desprezo pelos semelhantes.

Meus queridos, irmãos e irmãs, vamos pedir a Deus perdão e suplicar graça sobre graça para controlarmos a nossa língua. Não tenho problemas com a palavra religião e me considero um homem religioso. A questão que se levanta e que Tiago coloca diante de nós é esta: Somos verdadeiros religiosos ou não? Como posso saber se estou correto na minha devoção a Deus? Tiago deixou um teste de verificação: Você e eu precisamos controlar a nossa língua, caso contrário nossa religião será inútil.