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27 de novembro de 2017

Síndrome de Divindade!

O livro do Apocalipse foi escrito por volta do ano 95 a.D. Na época Domiciano (81 a 96 a.D.) havia exacerbado o culto à Roma e ao Imperador e autoproclamou-se uma divindade com o título “Dominus et deus” [Senhor e Deus]. Não bastasse isso, também construiu um Templo para adoração aos Imperadores e proclamou a divindade de sua mãe e do seu filho. Como se vê a síndrome de divindade acompanha os governantes do passado e do presente. Mas, você percebe como o Imperador queria atacar os cristãos?



O livro é uma revelação de Jesus, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve aconteceria. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, que deu testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. αποκαλυψις significa tirar o véu, revelar, mostrar o que está oculto. Só Deus é capaz de mostrar o futuro: “Lembrem-se das coisas passadas, das coisas muito antigas! Eu sou Deus, e não há nenhum outro; eu sou Deus, e não há nenhum como eu. Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada” (Isaías 46.9-10).



Deus descortina o futuro para o seu povo: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, ao nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei” (Dt 29.29). Portanto, o livro do Apocalipse pertence aos cristãos, pois Deus deu a nós o privilégio de conhecer o futuro. A dinâmica desta revelação foi a seguinte: Deus deu a Jesus para (propósito) mostrar aos seus servos o que em breve deve acontecer; Jesus convocou um anjo (αγγελου) que deu conhecimento ao servo João, que por sua vez, registrou e deu testemunho do que viu para as igrejas da Ásia.



Neste livro temos uma promessa específica e única na Bíblia. “Feliz (μακαριος) aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo”. O prof. Carlos Osvaldo diz que “a perseguição levou os cristãos à pobreza extrema por causa de confisco de bens que por sua vez induziu ao desânimo, falta de amor, tolerância com o pecado e imoralidade” [veja a mensagem para as Igrejas]. João queria que este livro fosse lido em voz alta nas congregações para trazer consolo aos crentes, dar-lhes perseverança e promover a santidade enquanto aguardavam a volta do SENHOR JESUS.



A saudação de João para as sete Igrejas da Ásia é um oferecimento de “graça e paz” da única fonte capaz de fortalecer os cristãos para enfrentar a perseguição, o Deus Trino: “João às sete igrejas da província da Ásia: A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir [o PAI], dos sete espíritos que estão diante do seu trono [o Espírito Santo], e de Jesus Cristo [o Filho]”. Portanto, com esta introdução João demonstra que o verdadeiro “Dominus et deus” está nos céus e tudo faz como lhe agrada. O Deus da Bíblia é um Deus Trino e o Imperador, Domiciano, era apenas um “instrumento” nas mãos poderosas do único SENHOR e Deus. Por isso os cristãos do passado deviam e, nós do presente devemos, perseverar na fé, permanecendo fiéis a Deus em santidade de vida, pois o futuro reserva bênçãos para os fiéis, mas não reserva nada de bom para os incrédulos e inimigos de Deus e do seu povo.

pr. Sebastião machado
24-nov_o-fascinio-da-fofoca

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