Meditação © Amplo Publications
“Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa!”. Provérbios 15.23
Aconselhei, certa vez, uma senhora da igreja que, em vez de se sentir segura com a frase “nada pode nos separar do amor de Cristo” (Rm 8.39), ficava deprimida. A razão disso é que ela não compreendia que o texto diz que nada tem a capacidade de nos separar dele. Em vez disso, entendia que ela mesma não podia permitir que nada ficasse entre ela e Jesus. Em lugar de ver uma ação de Deus, ela sentia que o texto cobrava duramente uma ação pessoal dela no sentido de não permitir que nada interferisse em sua comunhão com Cristo. Por isso, nos dias em que se sentia mal e não conseguia ir ao culto, quase morria de preocupação e desgosto por causa de Romanos 8.39, sentindo-
Do mesmo modo que eu me senti, o homem sábio se sente ao “dar resposta apropriada”. De certa maneira, foi o que eu fiz diante da cruel dúvida daquela senhora. Quando um homem temente a Deus lhe obedece, acatando os ensinos e reagindo a certas ações ou dando respostas a indagações com base nas Escrituras, ele percebe que cumpriu uma responsabilidade dada pelo Senhor, sendo para ele “motivo de alegria”. Esse sentimento não se baseia somente no fato de servir efetivamente a seu salvador. Esse homem também se alegra ao ver os resultados do que realizou e do que falou ao ser guiado pelo ensino bíblico. Por mais óbvios que sejam a sabedoria das ordens divinas e os resultados que ela prevê para aqueles que lhe são fiéis, o homem sábio sempre se surpreende e exulta ao notá-
Se a primeira cláusula do provérbio fala de respostas apropriadas, a segunda fala de conselhos. Em certo sentido, os dois são paralelos. Contudo, respostas são dadas diante de questionamentos. Conselhos também, mas nem sempre. Aconselhamentos podem ser dados mesmo que ninguém os tenha pedido ou buscado orientação. Ainda assim, vendo que há necessidade de sabedoria, um “conselho” dado na “hora certa” é algo muito “bom”. Se a alegria da primeira parte parece ser de quem responde, certamente também é de quem o escuta. Assim, na segunda parte, o conselho parece ser bom para quem o recebe, sendo bom também para quem o dá, cumprindo seu dever como bom servo de Deus e como quem deve cuidar dos seus irmãos. Com isso em mente, é triste saber que haja quem despreze as respostas apropriadas e rejeite os bons conselhos. Quem os dá são os sábios e quem os rejeita, os tolos.
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