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29 de março de 2017

A Alegria do Coração

“A alegria do coração transparece no rosto, mas o coração angustiado oprime o espírito”. Provérbios 15.13


O pôquer é famoso no mundo todo, especialmente hoje em dia com a difusão dos jogos eletrônicos pela Internet. Mas jogar no computador não é a mesma coisa já que, assim como outros jogos que envolvem o blefe, o pôquer exige discrição e dissimulação do jogador para que os adversários não consigam descobrir quem tem ou não boas cartas. Pode parecer fácil, mas é justamente nesse ponto que os jogadores amadores se tornam alvos perfeitos para aqueles profissionais que têm facilidade de ler as pessoas. Por mais que o iniciante se prepare, ele não consegue evitar expressões faciais e corporais que demonstram sua empolgação por receber boas cartas ou sua decepção por receber cartas ruins. Daí em diante, o jogador profissional só tem de jogar o anzol e capturar sua presa, tirando-lhe o dinheiro das apostas.


As pessoas pensam que seus pensamentos e sentimentos mais íntimos estão escondidos em locais inacessíveis aos outros. Mas o fato de não se contar aos outros o que está no íntimo não quer dizer que não possa ser conhecido pelas pessoas ao redor. A razão disso é que o corpo revela, em suas expressões e movimentos, o que o dirige vindo do coração de cada um. Salomão, sabendo disso, diz que “a alegria do coração transparece no rosto”. A pessoa fica animada por dentro e por fora, de modo que não consegue evitar o sorriso nos lábios ou nos olhos (de certo modo, os olhos também sorriem), nem a agitação revelada nos movimentos corporais. Por outro lado, “coração angustiado oprime o espírito” e essa angústia também é notada nas expressões, modo de falar, jeito de andar e até na posição dos ombros. A tristeza abate o corpo como se fosse uma severa debilidade ou doença.


Podemos tirar duas lições bastante aplicativas a partir do ensino desse provérbio. A primeira lição é para quem observa a animação ou a tristeza de outras pessoas nos seus modos de falar ou agir. Já que foram capazes de notar a alegria ou a tristeza, devem agir de acordo, não desanimando o homem feliz, nem desprezando a tristeza do abatido ou deixando de lhe dar apoio e encorajamento. A segunda lição é para aquele cujos sentimentos se tornam visíveis para quem o vê. Já que os sentimentos e pensamentos são tão poderosos a ponto de animar ou abater até mesmo o corpo, ele deve cuidar muito bem daquilo em que pensa, do que abriga em seu coração e dos objetivos que nutre. Se ele plantar a semente errada, certamente colherá o que não deseja. Afinal, não dá para blefar com Deus ou com a vida!


pr. thomas tronco

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1  O Pr. Thomas Tronco não deu título a esta meditação. 1