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31 de agosto de 2017

O Fruto da Redenção

“de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus”. I Pe 1.21


A carta do apóstolo Pedro certamente teve um impacto encorajador e restaurador na vida daqueles cristãos da Ásia, no Séc. I, que padeciam todo tipo de provação. O primeiro capítulo está repleto de afirmações sobre a grande obra de Deus em favor deles, que criam em Jesus. Quando contemplamos esta obra de salvação envolvendo as pessoas da Trindade, o Pai nos regenerando para uma viva esperança (v.3); o Espírito revelando o tempo e as circunstâncias aos profetas do VT (v.11) e o Filho vindo ao mundo e se oferecendo como Cordeiro (v.19), não resta alternativa a não ser vir a Deus quebrantado em arrependimento e fé.


A fé não é um mero pensamento positivo nem um otimismo contagiante, mas uma apropriação confiante de Cristo, o Salvador, e da sua obra redentora em nosso favor: “Por meio dele vocês creem em Deus”, disse o apóstolo. A fé é como a boca que nos alimenta, ela é apenas o meio pelo qual ingerimos a comida para nossa subsistência, mas ninguém elogia a boca por comer, mas a comida por ser gostosa e saudável. Quem permanece de boca fechada morre de inanição. Por isso, desde o início da sua carta Pedro enfatiza a fé como fruto da redenção, disse ele: “mediante a fé somos protegidos pelo poder de Deus” - v.5; “a fé que temos, muito mais valiosa do que o ouro que perece, é genuína e resultará em louvor, glória e honra quando Jesus Cristo for revelado” - v.7; e “estamos alcançando o alvo da nossa fé, a salvação das nossas almas” - v.9.


A esperança é a consequência da fé bíblica e genuína. A esperança do cristão não está alicerçada em coisas deste mundo, mas está apoiada em promessas que Deus fez, por isso quem crê espera a ressurreição, quem crê espera a volta de Cristo, quem crê espera a glorificação do corpo, quem crê espera um novo céu e uma nova terra, por isso, enquanto aguarda a concretização destas promessas vai vivendo em santidade, sabendo que Deus é Pai, mas também é um Juiz Justo: “Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más” (II Co 5.10). Por isso, podemos afirmar como o apóstolo Paulo: “Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão” – I Co 15.19. Portanto, meus queridos irmãos e irmãs, por causa de Cristo nossa fé e esperança estão bem alicerçadas em Deus.

pr. Sebastião Machado

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