Meditação © Amplo Publications
“Assim, continuamos a orar por vocês, pedindo a nosso Deus que os capacite a ter uma vida digna de seu chamado e lhes dê poder para realizar as coisas boas que a fé os motivar a fazer” (2Ts 1.11).
Esse versículo menciona pedidos de oração que Paulo apresentava constantemente a Deus em favor da igreja recém-
Ninguém duvida que esses pedidos são muito importantes. No entanto, para compreender por que Paulo os apresentava a Deus com tanta frequência, é preciso levar em conta que o versículo começa com a palavra “assim”. Trata-
Isso indica que esses pedidos que o apóstolo fazia a Deus em favor de seus leitores eram construídos sobre motivos definidos, todos elencados no trecho que ele escreveu antes, mais especificamente nos versículos 7-
Foram, portanto, essas verdades escatológicas que mostram um contraste tão gritante entre o destino dos incrédulos e o dos crentes que encorajaram Paulo a orar pelos convertidos de Tessalônica. Com esse contraste em mente, ele rogava a Deus que capacitasse seus leitores a viver à altura do chamado tão especial que tinham ouvido e pedia também que o Senhor lhes desse poder para realizar as obras próprias da fé nutrida por aqueles que estavam destinados a glorificar a Deus para sempre (10).
Por conseguinte, a linha de raciocínio traçada a partir desse trecho da Bíblia pode ser resumida assim: os incrédulos têm um futuro horrível reservado para eles; já os crentes receberão descanso quando o Senhor voltar e, além disso, vão glorificá-
Essa linha de pensamento destaca uma boa motivação para que todo crente ore em favor de sua igreja. Isso, por si só, já encerra uma tocante lição. Porém, o versículo em destaque serve de fundamento para mais verdades preciosas. Dentre elas, uma que merece destaque é a de que é o Senhor quem capacita seu povo a viver em santidade. Afinal de contas, se não fosse assim, Paulo não apresentaria pedidos desse tipo a Deus.
Ora, está longe de discussão que o discípulo de Jesus deve empregar todas as suas forças na busca de um modo de vida que seja do inteiro agrado de Deus (Ef 4.3; Fp 2.12; Cl 3.5; 2Pe 1.5-
É claro que esse tipo de lição levanta perguntas intrigantes. Por exemplo: por que Deus nem sempre nos capacita a fazer o que ele próprio requer? Perguntas assim geram discussões diversas e produzem respostas que poucas vezes satisfazem nosso raciocínio. A razão disso é simples: a própria Bíblia não oferece soluções para dilemas desse tipo. Isso, talvez, signifique que é melhor deixarmos problemas dessa natureza dentro da obscuridade, sendo esse o ambiente natural em que se encontram nas próprias Escrituras. Em outras palavras, se alguma dificuldade teológica não é resolvida claramente pelos autores bíblicos, deixe-
Tendo feito isso, volte-
A partir de uma leitura inicial, eis aqui duas lições que brotam do versículo citado acima: devemos orar pela santidade dos nossos irmãos porque eles vão participar de um futuro glorioso; devemos orar pela santidade dos nossos irmãos porque somente Deus pode capacitá-
Pedimos tantas coisas a Deus em favor dos crentes que conhecemos, não é mesmo? Por que, tendo aprendido essas lições, não passamos também a pedir que o Pai “os capacite a ter uma vida digna de seu chamado e lhes dê poder para realizar as coisas boas que a fé os motivar a fazer”?
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