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1 de agosto de 2018

O Valor da Unidade dos Irmãos

“Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!”


Davi é o autor deste pequeno, mas grandioso salmo. Para entendermos a beleza desta mensagem vamos mergulhar no seu contexto histórico. Israel viveu um passado de divisões. Desde que os filhos de Jacó eram jovens problemas de divisões surgiram entre eles. Depois quando Israel saiu do Egito sob a liderança de Moisés as reclamações e brigas internas entre as tribos prevaleceram. Com Josué, e, no período dos Juízes, não foi diferente as 12 tribos eram rivais, sem direção nem liderança: “cada uma para si”.


Um conflito triste marcou a divisão das tribos, está em Juízes 12. Os efraimitas foram convocados para lutar contra os Gileaditas. Irmãos contra irmãos! Jefté liderava os gileaditas que tomaram as passagens do Jordão.  Se algum efraimita pedisse para passar tinha que falar “Chibolete”, mas se seu sotaque o denunciasse e dissesse “Sibolete”, era preso e morto. A Bíblia diz que quarenta e dois mil efraimitas foram mortos! E, o escritor do livro diz: “Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo” (Jz 21.25). Israel pediu um REI para o SNHR e Saul foi ungido por Samuel (I Sm 8 a 10). Mas, o Rei não conseguiu pacificar as tribos nem demonstrou ser um homem obediente a Deus e por fim consultou os mortos selando sua derrocada. Depois da morte de Saul, Davi que havia sido ungido para ser Rei (I Sm 16) reinou em Hebrom por sete anos e meio até que as autoridades o procuraram para ser Rei sobre todo o Israel, cf 2 Samuel 5.1-7. O rei Davi conquistou Jebus (Jerusalém) e conseguiu unificar as doze Tribos, de Dã até Berseba. Israel era um só povo, adorando o SNHR e vivendo sob a liderança do Rei Davi.


Então, agora como rei de todo o Israel Davi escreveu o Salmo 133 exaltando o valor da unidade entre os irmãos. O tema está revelado no verso 1: “Ó como é bom e agradável quando  os irmãos convivem em união”. A tese sustentada pelo rei é que quando há convivência pacífica entre os irmãos ali desce a bênção de Deus. A unidade dos israelitas era algo tão maravilhoso aos olhos de Deus que Davi usou duas figuras para expressar o seu valor: 1º]. O precioso óleo da unção, e, 2º]. O renovador orvalho do Hermon. O óleo sagrado era especial, singular, pois a receita fora dada pelo próprio Deus, Êx 30.22-33. Tinha um uso específico e não podia ser aproveitado para fins particulares. O perfume era agradável e derramado em abundância sobre a cabeça do sumo sacerdote na cerimônia de unção. A primeira lição que aprendemos é que a unidade dos irmãos é tão preciosa como o óleo sagrado.


O Hermon é o Monte mais alto ao Norte de Israel e fica coberto de neve o ano todo. O vento Norte (Oriental) passava pelo monte e trazia o orvalho refrescando o clima ao trazer uma brisa gostosa e com isso renovava a vida naquela região. Flores e frutos eram produzidos por causa do orvalho do Hermon. Interessante que o Monte Hermon fica no Norte e Sião mais ao Sul. Todavia, algo que acontecia lá no NORTE [Hermon] tinha consequências aqui no SUL [Sião]. A segunda lição que aprendemos é que a unidade dos irmãos é tão renovadora como o orvalho do Hermon. Ali ordena o SENHOR a bênção! É quando os irmãos convivem em união, não quando há pecado, divisão ou individualidade. É sob a liderança de homens comprometidos com Deus, não na autossuficiência e rebeldia pessoal de alguns. É na ministração do ensino fiel da palavra, não em achismos, sonhos ou revelações.


Davi cria que na unidade dos irmãos descia a bênção de Deus. Preste atenção para dois detalhes no texto: [1] o óleo precioso descia sobre o Sumo Sacerdote; [2] o orvalho renovador descia do Norte até o Sul. Por isso, para que a bênção de Deus desça sobre nós, devemos ter maior consideração uns com os outros respeitando nossas diferenças (xô brigas). Devemos ter maior tolerância uns com os irmãos estando prontos para liberar perdão (xô divisões); Devemos ter maior disposição para promover o bem estar da família da fé (xô maledicência); e devemos ter maior amor fraternal. Somos IRMÃOS! Portanto, como podemos ajudar uns aos outros?  (xô orgulho).


Pr. Sebastião Machado

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