Meditação © Amplo Publications

3 de abril de 2018

Quando os Ímpios Governam

“Quando os ímpios sobem ao poder, o povo se esconde; mas, quando eles sucumbem, os justos florescem” (Pv 28.28 NVI).


Quase todo mundo sabe que, sob o governo de Adolf Hitler, os alemães assassinaram cerca de 6 milhões de judeus. Mas quantas pessoas sabem que, sob a mão de ferro de Josef Stalin (1879-1953), os russos abateram mais de 15 milhões dos seus próprios compatriotas? A verdade é que Stalin agiu como um grande genocida até a sua morte, aos 74 anos de idade, possivelmente envenenado com um anticoagulante usado como raticida, chamado Varfarina, causando-lhe uma hemorragia cerebral fatal. Depois de um governo de transição, seu sucessor, Nikita Khrushchov, foi obrigado a denunciar os erros de Stalin e iniciar um processo de “desestalinização” da União Soviética, trazendo grande alívio ao seu povo.


Infelizmente, muitos nomes que surgiram ao longo da história poderiam ser colocados aqui, ao lado de Stalin, como genocidas terríveis e sanguinários. A verdade é que todos têm alguma capacidade para ser um poderoso líder, mas nem todos têm a estrutura necessária para ser um bom líder. Por isso, Salomão alerta que “quando os ímpios sobem ao poder, o povo se esconde”. Algumas pessoas são boas companheiras quando dividem um fardo com seus irmãos. Porém, ao serem munidas de poder, algum sentimento de orgulho, despeito ou desforra enche seu coração e, em vez de socorrerem aqueles que passam por dificuldades que eles conhecem pessoalmente, acabam por oprimi-los ainda mais, como se sua vez de serem tiranos tivesse chegado. Assim, quem a princípio clamava por justiça, acaba se tornando um injusto pior que os anteriores.


A triste realidade é que não adianta mudar um governo se ele não tem antes um coração transformado. Não adianta outro discurso se a Palavra de Deus não lhes mudou o ser. Assim, quando os ímpios recebem poder, eles o utilizam mal. Porém, “quando eles sucumbem, os justos florescem”. Além de falar do óbvio alívio que o povo sente quando tiranos ou corruptos caem de suas altas posições, essa é uma palavra com duas implicações importantes. A primeira é que os justos devem ter esperança de serem libertos por seu Deus, o qual é soberano sobre todos os reinos, amando a justiça e a verdade. A segunda implicação é que haverá juízo para os maus líderes, mais cedo ou mais tarde, promovido pelo soberano Senhor de todo o mundo. Por esse motivo, aqueles que amam a Deus não podem imitar os maus, nem lançar mão de seus artifícios, seja em escala elevada ou quase imperceptível. O coração transformado é diferente do coração do homem perdido, esteja ele entre os grandes ou entre os pequenos.


pr. thomas tronco 1

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