No mundo atual ainda existem Reis e Rainhas, ao todo são 28 famílias reais, segundo a reportagem da Revista Exame . Algumas destas famílias têm poder absoluto, outras detêm certo poder, mas outras não têm nenhum poder nem autoridade, pois são "meramente figurativas" como Marketing para seus países. No Ocidente a família real da Inglaterra é a mais conhecida. O conceito bíblico do SENHOR como Rei, para nós que vivemos em regimes democráticos, fica mais difícil de compreensão. Mas a Bíblia dá ênfase nesta verdade e ela deve trazer conforto e segurança ao nosso coração.
O salmo 93.1-5 declara: “O Senhor reina! Vestiu-se de majestade; de majestade vestiu-se o Senhor e armou-se de poder! O mundo está firme e não se abalará. O teu trono está firme desde a antiguidade; tu existes desde a eternidade. As águas se levantaram, Senhor, as águas levantaram a voz; as águas levantaram seu bramido. Mais poderoso do que o estrondo das águas impetuosas, mais poderoso do que as ondas do mar é o Senhor nas alturas. Os teus mandamentos permanecem firmes e fiéis; a santidade, Senhor, é o ornamento perpétuo da tua casa”. Deus é apresentado como Rei que reina soberano do seu trono (Sl 47.2,8) e um dia reinará sobre toda a terra, na pessoa do Filho, como afirmam o profeta Zacarias 14.9 e o apóstolo João em Apocalipse 11.15 e 19.16. Quais são as razões dadas neste salmo para adorarmos e submetermo-nos ao Soberano SENHOR e Rei dos Reis?
A primeira razão apresentada é a Majestade do Rei (vv.1-2). A Majestade significa sua supremacia, o Rei está acima de toda a sua criação. Por isso, o profeta Isaías desafiou seu povo: A quem vocês compararão Deus? (Is 40.18) e, depois o próprio Deus disse: "‘Com quem vocês me compararão? Quem se assemelha a mim?’, pergunta o Santo” (Is 40.25).
A segunda razão é a Singularidade do Rei: “O Rei existe desde a eternidade”. Deus é eterno, não tem começo nem fim de dias. O salmo reforça o contraste entre o Criador [eterno] e a criatura finita [obra das suas mãos]. O nosso Rei é eterno, por isso diferente de todo e qualquer rei ou divindade que possa existir.
E, a terceira razão apresentada é o Poder do Rei (vv.3-4). Deus é apresentado na Bíblia como um rei todo-poderoso. Ele tem domínio sobre todo o seu reino e pode fazer tudo que lhe agrada. O salmista usa a figura de um dilúvio – o caos – que traz tanto medo às pessoas. A mesma figura do Salmo 46.1-3. Quem é que pode conter o poder de uma inundação que destrói tudo pela frente e arrasa coisas e vidas? O Senhor Jesus demonstrou sua autoridade sobre estas forças e deixou seus discípulos admirados, Mateus 8.23-27. O salmista destaca ainda que por causa do poder do Rei três coisas permanecem firmes e inabaláveis: 1]. ‘O mundo está firme e não se abalará’ – cf. Sl 96.10 – Deus é o Criador e sustentador da sua criação – Hb 1.3; 2]. ‘O teu trono está firme desde a antiguidade’ – os Tronos dos homens são efêmeros e transitórios, mas o de Deus não muda – Dn 4.35-36; e, terceiro, ‘Os teus mandamentos permanecem firmes’.
A conclusão do salmo nos convida a confiar e nos submeter ao Rei dos reis por causa do seu caráter que é fiel e santo. O Trono de Deus é inabalável, ou seja, seu Reinado é eterno e, por isso nada nem ninguém pode detê-lo. As muitas águas (problemas, oposição e adversidades) vêm e vão, mas o SENHOR é Rei, ele está vestido de Majestade e domina sobre todas as coisas. A nossa vida meus queridos não está à mercê da sorte nem do acaso, mas nas mãos do Rei, o SENHOR todo-poderoso.