Meditação © Amplo Publications
“Quem repreende o próximo obterá por fim mais favor do que aquele que só sabe bajular” (Pv 28.23 NVI).
Quando eu era adolescente, resolvi que ia com vários amigos ao show de uma banda muito conhecida. A bem da verdade, eu nem gostava muito da tal banda, mas, como todos iam, eu não queria ser o único a perder. Como eu estava com medo dos riscos de um programa assim, a maioria dos meus colegas disse que eu devia mesmo ir, pois, segundo eles, eu tinha de aproveitar a vida. Mas meu melhor amigo me deu uma bronca, perguntou-
Ninguém gosta de ser repreendido e eu não sou exceção à regra. Porém, posso também dizer que ninguém que tenha algum controle emocional gosta de repreender outra pessoa. O desgaste é grande em vários aspectos, além de ser arriscado, pois as reações de quem é repreendido são, muitas vezes, ferozes e violentas contra seu corretor. Essa é uma das razões pelas quais cada vez mais as pessoas assumem posturas egoístas e individualistas e se negam a corrigir os enganados. Não obstante a percepção popular dos nossos dias, Salomão diz que “quem repreende o próximo obterá por fim mais favor do que aquele que só sabe bajular”. É interessante ver como o escritor conhecia as sutilezas dessas situações, pois demonstra saber que a honra ao corretor, em casos assim, costuma vir no “fim” e não imediatamente.
Depois de uma costumeira rejeição inicial, o sábio consegue avaliar a situação e a orientação que recebeu e, gostando ou não, sabe que os conselhos ajuizados devem ser seguidos para seu próprio bem. Ao mesmo tempo, sabe que quem os dá é merecedor do seu “favor” e gratidão, o que ironicamente costuma ser dado “àquele que só sabe bajular”, mas que não faz nada positivo para ajudar de verdade. Por isso, Davi disse, certa vez: “Fira-
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