Meditação © Amplo Publications
“Mesmo no riso o coração pode sofrer, e a alegria pode terminar em tristeza”. Provérbios 14.13
Há algum tempo, eu e minha família fomos a um circo muito famoso que estava se apresentando na cidade de Bragança Paulista, SP. Todos os números foram fantásticos, mas do que mais gostamos foi a apresentação do palhaço. Além do bom desempenho, algo que tornou esse momento marcante foi o fato de ele ter me incluído no número. Minha filha gostou demais. No intervalo, ela quis tirar uma foto com ele. Contudo, o palhaço sorridente em meio à apresentação apareceu na foto com uma expressão muito triste. Isso foi tão notório que continuei prestando atenção nele. Fora do seu espetáculo, não havia nele sorriso algum, nem qualquer marca de alegria.
Salomão falou da presença desses dois sentimentos — alegria e tristeza — no coração dos homens dividindo espaço em seus corações. Por isso, diz: “Mesmo no riso o coração pode sofrer”. Há dois modos de entender isso. O primeiro é notar o que foi ensinado em Pv 14.10 no sentido de que os sentimentos íntimos de alguém somente são conhecidos por ele e não pelas pessoas ao redor. Assim, mesmo uma pessoa que esteja sorrindo pode abrigar dor e sofrimento em seu coração. O segundo sentido é que não há, nessa vida, alegria plena e, mesmo nos melhores momentos, há motivos para se preocupar e sofrer. Assim, na mesma pessoa há uma divisão complexa de sentimentos, alguns positivos e outros negativos.
A proximidade entre esse texto e o v.10 pode sugerir que o rei sábio esteja usando o primeiro sentido que mencionamos. Contudo, a segunda parte do v.14 parece apontar para o segundo uso, já que fala da inconstância dos sentimentos e, obviamente, das circunstâncias que os produzem. Ele diz que “a alegria pode terminar em tristeza”. Assim, o ensino geral desse texto parece ser que não devemos confiar nem nos sentimentos, nem nas situações que nos circundam. Talvez, Salomão citasse junto com esse provérbio um versículo de Eclesiastes: “Tenho visto tudo o que é feito debaixo do Sol; tudo é inútil, é correr atrás do vento!” (Ec 1.14). Por isso, nossa alegria e esperança firmes devem estar no Senhor, aquele que nunca muda (Ml 3.6; Hb 13.8; Tg 1.17), nem nos rejeita (Jo 10.28,29; Rm 8.33-
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