Meditação © Amplo Publications
“O desejo dos justos resulta em bem; a esperança dos ímpios, em ira”. Provérbios 11.23
O homem tem por prática traçar planos de ação e metas a serem atingidas. Isso não é exclusividade das empresas e dos times esportivos, mas inclui cada pessoa, seja com planos e metas mais elaborados e, a longo prazo, seja com uma versão mais simples e imediata da mesma ação. Basta ver como fazemos planos na virada de cada ano, na volta às aulas, ou em situações de crise. E isso não é mau, nem errado. O problema nunca está em traçar metas, mas em escolher metas erradas que Deus desaprova, quer por seu fim em si, ou pelas razões que levam a pessoa a buscar o que deseja.
Salomão, nesse assunto, divide as pessoas em dois grupos: os “justos” e os “ímpios” — seguindo o antagonismo marcante no livro entre o “sábio” e o “tolo”. Para ele, o objetivo traçado pelos justos “resulta em bem”. É claro que, para tanto, vários fatores influem no resultado, desde os anseios do coração, guiados e filtrados pela Palavra de Deus, passando pelos meios corretos para se buscar o alvo, produzindo efeitos que glorificam o nome do Senhor e cujas implicações edificam a vida do justo e das pessoas ao seu redor.
Já aquilo que os ímpios esperam alcançar, acaba redundando em ira. Aqui fica uma interrogação que o texto não responde de primeira: “Ira de quem?”. Uma possibilidade seria que os ímpios desejam satisfazer sua ira pessoal na forma de vingança. Porém, o uso da mesma palavra hebraica traduzida por “ira”, no versículo 4 desse mesmo capítulo, mostra que Salomão tem em mente não a ira dos ímpios, mas a ira que recai sobre eles em punição à sua impiedade. Isso pode ser visto como consequências temporais diante dos homens ou mesmo a ira de Deus, a qual se revela nesse tempo e no futuro. O fato é que o que os ímpios desejam e buscam cria consequências drásticas futuras inevitáveis. Por isso, como é insensato abandonar Deus para “aproveitar a vida”! Eles deveriam se perguntar: “Aproveitar até quando? E o que virá depois?”.
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