Meditação © Amplo Publications

21 junho de 2016

Fartura de Alimento

“Quem trabalha a sua terra terá fartura de alimento, mas quem vai atrás de fantasias não tem juízo”.  Provérbios 12.11


É trágico ver como as pessoas têm facilidade para extrapolar na prática de algumas convicções. Há, por exemplo, quem coloque o trabalho em primeiro lugar, relegando família, igreja e amigos a um segundo plano. São conhecidos como "workaholic" (viciados em trabalho). Só sentem alegria trabalhando. Infelizmente, sua alegria é também sua dor, pois sofrem problemas severos de estresse e vários outros transtornos. O oposto de uma pessoa assim é o ocioso, ou seja, aquele que, sabendo das responsabilidades que possui e das necessidades que tem, prefere fazer apenas o que tem vontade, fugindo do trabalho e protelando suas tarefas.


É de um homem assim que Salomão fala na segunda parte do texto. A avaliação de tal homem é a de alguém que “não tem juízo”, marcando com isso a descrição do tolo. Em contraposição à primeira parte do versículo, o tolo não se ocupa do trabalho que provê suas necessidades, mas “vai atrás de fantasias” que agradam seus impulsos naturais e seus objetivos egoístas. Essa imagem fica pior ao entendermos o sentido literal da palavra aqui traduzida como “fantasias”, que é coisas vãs, vacuidades ou inutilidades. De tais coisas o tolo “vai atrás”, usando a força que o capacita a ser um bom trabalhador, para persegui-las e alcançá-las. Quando as atinge, não recebe o prêmio da provisão, mas o fardo da carestia.


Por outro lado, o sábio olha para suas necessidades como fator de motivação para buscar aquilo de que precisa. Não se trata de alguém com impulsos diferentes do tolo. Ele também gostaria de perseguir seus sonhos e passar o resto de seus dias descansando, ocioso como o insensato. Mas, ao contrário, ele luta contra esses impulsos e “trabalha a sua terra”. É claro que esse não é um texto somente para agricultores, mas para todo aquele que se afadiga do trabalho. A diferença do sábio que trabalha para o workaholic é a razão pela qual o fazem. O "workaholic" trabalha muito mais do que deveria para sentir-se completo pelos afazeres em si, enquanto o sábio vê o trabalho como uma responsabilidade que visa a ter “fartura de alimento”, ou seja, levantar seu sustento e de sua família. Seu objetivo maior está nessas pessoas e não na atividade como um fim em si, razão pela qual ele não negligencia a família, a igreja e os amigos. E você, como está sua balança de prioridades? Pendendo para o vício do trabalho ou para o vício da preguiça? Ela deve ficar no meio, equilibrada pela Palavra de Deus.

pr. thomas tronco 1

 COMENTAR

Leia a Meditação Anterior 1  O título da meditção não é de autoria do Pr. Thomas Tronco.20-jun_o-caminho