Meditação © Amplo Publications

22 de janeiro de 2016

Pensar Antes de Falar

“Quando são muitas as palavras, o pecado está presente; mas quem controla a língua é sensato”.



Para quem é pai ou mãe, é comum observar a transição pela qual passam os filhos: de bebês calados a crianças cujas palavras parecem nunca acabar. Mais notável ainda são aquelas fases em que tudo é razão para os pequeninos perguntarem “por que isso?” ou “por que aquilo?”. No final das contas, essa transição do silêncio para a fala é positiva. Entretanto, com o passar do tempo e com a chegada da maturidade, falar muito deixa de ser bonitinho e passa a carregar grandes possibilidades de se agir mal.



Salomão não tem em mente pessoas que, por exemplo, trabalham conversando com outros ou ensinando muitos alunos. O que está em foco nesse texto são as pessoas que não conseguem controlar a língua, nem evitar dizer o que não devem. Nesse caso, o homem tolo é descrito como aquele que não mede os efeitos das suas palavras, nem a ocasião correta para falar. Ele simplesmente não se contém. Não consegue guardar segredos, dosar o que transmite ou ser delicado e cuidadoso com seus ouvintes. Sua desculpa para agir assim é: “Sou alguém muito sincero” — mas, claro, não sincero o suficiente para também dizer “eu errei”. Às vezes, ele causa mais destruição com o que diz do que aquele que age deliberadamente para causar dano e, por isso, o texto aponta o fato de que suas palavras vêm marcadas pelo pecado.



O homem sensato age diferente, pois sabe que há “tempo de estar calado, e tempo de falar” (Ec 3.7b). Ele não fala só porque quer, mas porque suas palavras têm o poder de ajudar as pessoas ao seu redor e de impedir maiores dissabores. Suas palavras são calculadas, mas não como as do hipócrita, as quais escondem sentimentos. O sábio escolhe o tempo e o modo de dizer aquilo que edifica e também sabe a hora de não dizer nada. Afinal, que adianta dizer muita coisa e só falar o que é indevido?

pr. thomas tronco

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21 de janeiro de 2016

1  O título da meditção não é de autoria do Pr. Thomas Tronco.1