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23 de junho de 2016

O Fermento dos Fariseus

O fermento é usado na Bíblia como uma ilustração daquilo que deteriora. O Senhor Jesus advertiu seus discípulos nestes termos: “Tenham cuidado com o fermento dos fariseus” (Lc 12.1). E, nesta mesma advertência Jesus definiu o que era este fermento: “A hipocrisia”. Um hipócrita é alguém de dupla face. Ele se mostra amigo, mas é inimigo. Ele aparenta ser crente, mas é incrédulo. Ele transita no arraial cristão aparentemente comota.


Li um artigo que me deixou escandalizado e muito triste. A matéria falava sobre abusos sexuais no arraial evangélico e, principalmente, vindo de pessoas que estão em posição de confiança: “Missionários”. Uma organização cristã apurou os boatos e constatou que se tratavam de fatos. Esta prática perniciosa trouxe destruição para a vida de inúmeras pessoas e a maioria destas vítimas são filhos de outros missionários que estavam no campo convivendo com os agressores.


A ABWE (Association of Baptists for World Evangelism), uma agência missionária norte-americana, publicou um relatório no qual admitiu que as alegações de assédio e abuso sexual de crianças que circularam por anos contra certo missionário eram, de fato, verdadeiras. O missionário [X] trabalhou como cirurgião em um hospital mantido pela missão no Bangladesh entre os anos 1961 e 1989. Sua vítimas incluem 4 mulheres e 18 crianças.


Eu não consigo nem de longe imaginar o estrago causado na vida daqueles que sofreram essas agressões. A Missão afirmou através de Al Cockrell, presidente interino da ABWE: “Todo o remorso, culpa ou vergonha do mundo não seriam suficientes para reverter o sofrimento e dor que causamos, dispomo-nos a nos encontrar com as vítimas pessoalmente para expressar nosso pedido de perdão com um coração contrito; queremos custear o aconselhamento delas, e garantir para elas que estamos implementando as medidas necessárias para prevenir que comportamento tão deplorável venha a acontecer novamente.”  


Meu propósito ao escrever esta reflexão é orar e pedir a Deus a graça de detectar o fermento que pode estar no nosso meio antes que ele contamine a massa. Devemos, entretanto, reconhecer que não estamos imunes a tragédias como estas, e, por isso devemos buscara Deus e nos submeter à sua vontade suplicando ao Santo Espírito que nos ajude a livrar de todo o fermento dos fariseus em nossa vida para que sejamos de fato uma massa pura: “Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado.Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade” (I Co 5.7-8). Que Deus, o Pai Celeste, tenha misericórdia de nós!

pr. sebastião machado

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