Meditação © Amplo Publications
Wilbur Nelson contou, certa vez, uma história interessante. Certo pai disse ao filho que, caso quebrasse novamente as regras da casa, iria dormir no sótão da casa e teria de jantar apenas pão e água. Não demorou muito para que o garoto desobedecesse e recebesse a pena. Quando o menino já estava no seu “claustro”, a mãe olhou para o pai e disse: “Eu sei o que você está pensando. Mas você não pode trazê-
Não pude ler essa história sem notar certas semelhanças com o tratamento que Deus rendeu a mim. Eu também desobedeci às regras do Pai celeste por meio do meu pecado: “Eis o que tão-
Mas nem tudo é semelhante entre a minha realidade e a daquele menino, pois, no dia seguinte, ele sairia do castigo e poderia se comportar melhor para evitar novas sanções. No meu caso, o estado em que eu vivia não podia ser evitado por mim, nem melhorado. Minha depravação tornou-
Assim como no relato de Nelson, o Pai celestial me condenou pelo meu pecado, mas não sentiu alegria nisso, já que diz em sua Palavra: “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva” (Ez 33.11). A justiça de Deus é necessária porque ele é um Deus justo (Sl 119.137) e santo (1Pe 1.16) que não pode deixar o mal sem punição. Entretanto, ele “não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens” (Lm 3.33). Nem, por isso, deixa de executar o merecido juízo que meu pecado requer.
Outra semelhança é o fato de Deus ter se compadecido de mim. Mesmo sabendo que eu merecia o castigo, ele escolheu me amar. Mas assim como o pai do menino desobediente, ele não podia quebrar sua palavra quanto ao castigo. Por isso, O Deus Filho resolveu vir ao mundo na mesma condição humana em que eu vivo a fim de assumir meu lugar na condenação: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10). Nesse ponto, as histórias de Cristo e do pai compassivo divergem. Aquele pai compartilhou o castigo “junto” com o filho. O Senhor Jesus “assumiu totalmente meu lugar” na condenação, sendo morto por mim em uma cruz. Foi mais amor do que jamais pensei que existisse, pois agora, por esse sacrifício e por meio da fé nele, fui liberto da totalmente da condenação (Rm 8.1) e me tornei “filho de Deus” (Jo 1.12).
Esse tão grande amor demonstrado no processo da minha salvação é algo que não posso ignorar quando, na época natalina, tanto falo sobre o nascimento de Jesus. Isso porque tal nascimento não foi um ato teatral de Deus, nem o envio de uma simples mensagem de paz ao mundo. O Pai, em amor, enviou seu próprio Filho para me salvar daquele terrível castigo. O Filho se dispôs a assumir meu lugar na pena gerada por causa minha maldade e desobediência. O Espírito Santo trabalhou em meu coração duro a fim de me fazer perceber meu pecado e buscar, pela fé em Cristo, a salvação e a vida eterna. Tudo isso por mim... é muito amor!
Se isso é uma realidade para mim, é também para muita gente. Aliás, essa é a história de todas as pessoas que foram redimidas pela fé em Cristo. Essas são as pessoas que conhecem o verdadeiro sentido do Natal, a saber, que Deus nos amou e fez seu Filho nascer a fim de por nós morrer (Jo 3.16). Apesar de as festas natalinas serem marcadas por ceias e alegres reuniões familiares, nós, os crentes em Cristo, comemoramos a vinda do Filho que morreu para nos salvar do sótão da condenação e que nos faz dormir seguros e aquecidos em seus braços.
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