Meditação © Amplo Publications

26 de dezembro de 2016

Vestidos ou despidos?

“Porque, estamos vestidos, não seremos encontrados nus” (2 Co 5.3).


Muitos cristãos vivem sem entender a doutrina da salvação. Talvez, por isso, quando são arguidos sobre a segurança eterna, eles afirmam que ninguém pode ter, mas que estão fazendo o seu melhor. A Bíblia ensina que para os que estão vestidos é possível ter certeza da sua salvação (I Jo 5.13). Você está vestido ou despido? Justificação significa que Deus nos vê vestidos com a justiça de Cristo, por isso ele nos aceita incondicionalmente: “No Amado temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós” (Ef 1.7-8).


O resgate da doutrina da justificação pela fé pelos reformadores foi como a “cereja do bolo” na Reforma Protestante. Adquirir este conhecimento sobre como Deus lida conosco foi certamente a maior descoberta para o Monge Martinho Lutero que tentava ser justificado por suas obras, então ele descobriu: “Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da Lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como propiciação (um sacrifício que desvia sua ira, removendo o pecado) mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça” (Rm 3.21-25).


Lutero foi vestido, pela fé, com a justiça de Cristo. Entretanto, muitos religiosos ainda tentam ser justificados com orações, jejuns, vigílias e boas obras na tentativa de compensar suas falhas. Alguns procuram confessar seus vários pecados para algum “vigário”, no desejo de vê-los remidos. Mas, tudo pode mudar se você entender a verdade de Deus e encontrar descanso na justiça passiva, quando a justiça de Deus deixa de condenar e passa a oferecer a provisão para a justificação, a justiça de Cristo: “No presente [Deus] demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3.26). Por isso, cremos que somos “Justificados, mediante a fé, [e que daí] temos paz com Deus” (Rm 5.1). Portanto, Deus não nos trata como inimigos, conforme o nosso pecado (condenação), mas nos vê conforme a justiça de Cristo que foi imputada em nós.


A Bíblia diz que “não há nenhum justo, nem um sequer” (Rm 3). Então como alguém pode obter a justiça necessária para ser salvo e ir para o céu? Só é possível atingir o padrão que Deus exige quando a justiça vem de fora, no nosso caso, vem de Cristo. Portanto, quem tem a justiça de Cristo tem o padrão exigido por Deus, ou seja, é declarado 100% justo, nesse caso, “agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). O professor Carlos Osvaldo definia justificação como o ato judicial de Deus, instantâneo, completo e definitivo, ao declarar que o pecador que se arrependeu e creu em Cristo: 1) não mais será punido; 2) será considerado como sendo JUSTO; e 3) está  restaurado ao favor Divino. Portanto, duas possibilidades, justificação pela fé ou pelas obras, aqui está a diferença entre você ser encontrado por Jesus vestido ou despido, “porque ninguém será declarado justo diante dele [de Deus] baseando-se na obediência à Lei” (Rm 3.20).


pr. sebastião machado

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