Meditação © Amplo Publications

29 de janeiro de 2016

O Preguiçoso

“Como o vinagre para os dentes e a fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o enviam”.



A parte visível dos dentes é formada pela substância mais dura que o corpo humano produz: o esmalte dental. Além de servir à mastigação, suportando a enorme carga a que é submetido, o esmalte protege a parte interna dos dentes, a dentina, e seus canalículos que levam estímulos diretamente para o nervo que fica no interior do dente. Quando o esmalte sofre alguma avaria, seja por cárie, fratura ou desgaste, a dentina fica exposta e passa a conduzir os estímulos externos para o interior do dente, causando dores intensas. Sustâncias ácidas, como o vinho ou o vinagre, podem causar experiências desagradáveis e inesquecíveis aos portadores de problemas em seu esmalte dental.



Salomão utiliza a figura dessa intensa dor de dentes, junto com a péssima sensação de olhos ardendo e queimando por causa da fumaça, para dizer como se sente uma pessoa que tem de dar ordens e depende do trabalho de um preguiçoso. Assim como a acidez de uma bebida e a ardência da fumaça irritam dentes e olhos que atingem, o patrão de um preguiçoso sofre grande irritação e desgaste. O que o texto não diz, mas que é subentendido, é o desfecho dessa história. Nenhum patrão que sofre com a preguiça e ineficiência de seu funcionário permanece nesse estado por muito tempo, mas arruma alguém dedicado a quem possa confiar suas tarefas.



O resultado final para o homem preguiçoso é que ele sofre as consequências da sua ociosidade e passa por situações vexatórias que não seriam necessárias caso ele se dedicasse a fazer o que é sua obrigação. Para impedir desfechos assim, Salomão dá outro conselho fazendo uma comparação com uma das criaturas mais ativas na Terra: “Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio!” (Pv 6.6). Por fim, o melhor descanso é aquele que vem depois de um bom dia de trabalho responsável.

pr. thomas tronco

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28 de janeiro de 2016

1  O título da meditção não é de autoria do Pr. Thomas Tronco.1