Escolhas

“Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine”, (I Co 6.12).

Vivemos numa época de frouxidão moral como no primeiro século, na época da igreja em Corinto. Os dados são alarmantes no arraial cristão, pois a prática dos crentes se assemelha a dos incrédulos no que se diz respeito à vida sexual. Não se pode ser indulgente nesta área ou a derrota será o prato a ser servido no jantar. O apóstolo Paulo ensinou que a verdadeira liberdade cristã não é fazer tudo que se quer, por isso estabeleceu algumas linhas demarcatórias que os crentes não devem ultrapassar ou, caso contrário, contaminarão suas vidas derrotadas em imoralidade.

Para muitos na igreja de Corinto e para a maioria de cristãos em nossa época o que uma pessoa faz com seu corpo não afeta sua vida espiritual. Lá argumentavam que o corpo tem apetites lícitos que precisam ser supridos, portanto se não há restrições quanto à alimentação para satisfação física também não deve haver para a vida sexual. Aqui, dizem, o prazer deve ser buscado se feito de forma responsável! Mas, para o apóstolo cada cristão precisa viver de forma diferente da sua cultura e saber algumas verdades antes de fazer suas escolhas.

Primeiro que nem tudo que é permitido é conveniente para o testemunho cristão. Há comportamentos considerados lícitos para a sociedade, mas que vão na contra mão da pureza devidas a Cristo; e, muitas coisas tidas como socialmente aceitáveis causam vergonha naquele que teve o coração perdoado e transformado por Jesus. Segundo nem tudo que é permitido dá a liberdade esperada, pelo contrário muitos comportamentos acabam se tornando um senhor perverso que escraviza e destrói os seus servos.

Portanto, as escolhas de um cristão não podem ser oriundas do seu egoísmo, mas pautadas em princípios bíblicos a fim de que sua vida glorifique a Deus (I Co 10.31). Por isso, por três vezes Paulo diz aos cristãos: [1] “Vocês não sabem que os seus corpos são membros de Cristo?; [2] “Vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele” e [3] “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês” (I Co 6.15,16 e19). Entretanto, assim como foi na época do profeta Oséias tem sido nos nossos dias: “o povo de Deus está sendo destruído por falta de conhecimento” (Os 4.6).

O corpo do cristão não é um veículo independente para sua autogratificação, mas é sagrado, pois é santuário de Deus. Portanto, a exortação bíblica para os cristãos é para “fugir da imoralidade!” Ao dar estar ordem Paulo possivelmente tivesse como referência à história de José que fugiu das tentações da esposa de Potifar. A razão teológica apresentada para o cristão não se deixar dominar pela imoralidade está na compra realizada por Cristo na cruz: “Vocês não são de si mesmos. Vocês foram comprados por alto preço”, (I Co 6.19-20). Portanto, ao finalizar esta meditação me dirijo a você como cristão genuíno que precisa saber que não é mais “dono do seu próprio nariz para fazer o que quiser”, mas você pertence Àquele que te comprou na cruz, portanto faça escolhas sábias para viver sua vida de forma a glorificar a Deus com o seu corpo.